Nesta semana, meninas e meninos foram agredidos em vários estados brasileiros. Segundo a ONU, 76.568 denúncias de agressões foram registrados entre 2003 e 2007.
Glauco Araújo, do G1
Só nesta semana de maio, uma criança de 4 anos foi achada morta e um menino de 11 anos foi estrangulado. Ambos os casos ocorreram no Pará. Também nesta semana, no Agreste alagoano, o Conselho Tutelar denunciou o pai de uma criança de 2 anos por tê-la espancado. Em Maceió, pai e madrasta são suspeitos de espancar uma menina de 4 anos.
A morte da menina Isabela Nardoni, de 5 anos, ocorrida há um mês, em São Paulo, ainda causa comoção nacional. O caso de tortura e maus-tratos envolvendo uma menina de 12, em Goiás, também chocou o país no mês passado. Uma empresária e a empregada dela foram presas pelo crime. O marido da empresária, o filho dela, e a mãe biológica da menina foram acusados por envolvimento.
Relatório Mundial sobre Violência contra Crianças e Adolescentes da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, entre janeiro de 2003 e novembro de 2007, foram registradas 76.568 denúncias de violência contra crianças. Destas, 55.576 agressões apresentaram envolvimento familiar. Em 81,3%, os pais são identificados como os agressores.
Os dados apresentados pelo relatório foram registrados pelo Disque 100, um sistema da Secretaria Especial de Direitos Humanos que recebe denúncias sobre agressões contras crianças e adolescentes. Em média, segundo dados da secretaria, 93 ligações com relatos de maus-tratos, agressões, espancamentos e violência sexual são recebidos diariamente.
De acordo com Leila Paiva, advogada coordenadora do Disque 100, a violência contra crianças é um fato comprovado historicamente. "Antigamente, as agressões sofridas pelas crianças em suas casas eram 'explicadas' por seus pais e agressores, como forma de educação".
Leila disse ainda que o ambiente familiar, que deveria servir de proteção para a criança, era usado pelos pais agressores para se protegerem das punições legais. "Hoje, essas pessoas já sabem que nem mesmo o espaço privado de suas casas os protegerão de denúncias e das punições previstas em lei".
A advogada afirmou que, apesar do número de denúncias sobre violência contra crianças ter crescido, o indicador ainda é muito pequeno diante do real número de agressões sofridas pelas crianças. "A situação é mais comum do que a população imagina ou vê com os próprios olhos. PesquIsadores do Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), da Universidade de São Paulo, estimam que apenas 10% dos casos sejam denunciados a instituições municipais.
Glauco Araújo, do G1
Só nesta semana de maio, uma criança de 4 anos foi achada morta e um menino de 11 anos foi estrangulado. Ambos os casos ocorreram no Pará. Também nesta semana, no Agreste alagoano, o Conselho Tutelar denunciou o pai de uma criança de 2 anos por tê-la espancado. Em Maceió, pai e madrasta são suspeitos de espancar uma menina de 4 anos.
A morte da menina Isabela Nardoni, de 5 anos, ocorrida há um mês, em São Paulo, ainda causa comoção nacional. O caso de tortura e maus-tratos envolvendo uma menina de 12, em Goiás, também chocou o país no mês passado. Uma empresária e a empregada dela foram presas pelo crime. O marido da empresária, o filho dela, e a mãe biológica da menina foram acusados por envolvimento.
Relatório Mundial sobre Violência contra Crianças e Adolescentes da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, entre janeiro de 2003 e novembro de 2007, foram registradas 76.568 denúncias de violência contra crianças. Destas, 55.576 agressões apresentaram envolvimento familiar. Em 81,3%, os pais são identificados como os agressores.
Os dados apresentados pelo relatório foram registrados pelo Disque 100, um sistema da Secretaria Especial de Direitos Humanos que recebe denúncias sobre agressões contras crianças e adolescentes. Em média, segundo dados da secretaria, 93 ligações com relatos de maus-tratos, agressões, espancamentos e violência sexual são recebidos diariamente.
De acordo com Leila Paiva, advogada coordenadora do Disque 100, a violência contra crianças é um fato comprovado historicamente. "Antigamente, as agressões sofridas pelas crianças em suas casas eram 'explicadas' por seus pais e agressores, como forma de educação".
Leila disse ainda que o ambiente familiar, que deveria servir de proteção para a criança, era usado pelos pais agressores para se protegerem das punições legais. "Hoje, essas pessoas já sabem que nem mesmo o espaço privado de suas casas os protegerão de denúncias e das punições previstas em lei".
A advogada afirmou que, apesar do número de denúncias sobre violência contra crianças ter crescido, o indicador ainda é muito pequeno diante do real número de agressões sofridas pelas crianças. "A situação é mais comum do que a população imagina ou vê com os próprios olhos. PesquIsadores do Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), da Universidade de São Paulo, estimam que apenas 10% dos casos sejam denunciados a instituições municipais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário