Postado por: Sheila - CDI Matriz
Quando se fala em violência doméstica contra crianças e adolescentes há uma certeza comprovada por estudos e especialistas: os maiores responsáveis pelos abusos são os pais e parentes, seguidos de vizinhos e conhecidos. Uma das mais competentes formas de combate a essa barbárie é a formação de profissionais para enfrentá-la.
Criado em 1994, o Telelacri, telecurso na área da violência doméstica contra crianças e adolescentes, é um curso de especialização oferecido pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. O curso, que forma profissionais de todo o País para enfrentar esse tipo de violência doméstica, dura dez meses, com um total de 360 horas, e se divide em duas partes: uma realizada à distância, de 320 horas, e uma presencial (obrigatória), de 40 horas.
Coordenado por Maria Amélia Azevedo, professora titular do Instituto de Psicologia da USP, o Telelacri foi planejado “para deixar trilhas em cada comunidade ou região”. O curso já formou até hoje mais de cinco mil profissionais, inclusive de outros países, como a Argentina e o Peru.
Ao longo do curso, os alunos têm de fazer uma série de tarefas na comunidade deles e são preparados para trabalhar em rede. Para participar da seleção, os candidatos precisam ter curso superior reconhecido pelo MEC e, entre outras coisas, organizar-se em equipes multiprofissionais que envolvam de duas a dez pessoas do próprio município, podendo ou não pertencer ao mesmo local de trabalho, ou de municípios vizinhos, e escolher um dos profissionais para ser o coordenador da equipe.
Para mais informações, basta consultar o site http://www.usp.br/ip/laboratorios/lacri/edital03.htm, ligar para (11) 3091-4383, de segunda a sexta-feira. das 8 às 12h, ou escrever para o e-mail lacri@sti.com.br.
O Lacri desenvolve estudos e pesquisas a respeito da infância de modo geral e, em especial, sobre a infância em dificuldade no contexto da sociedade brasileira. “O maior esforço investigativo do Lacri atualmente é construir as bases de uma teoria histórico-crítica da violência doméstica contra a criança e o adolescente capaz de subsidiar programas mais eficazes de prevenção do problema”, diz Viviane Guerra, responsável pela instituição, junto com Maria Amélia Azevedo.
Vários participantes deram depoimentos a respeito do Telelacri. “… a importância de haver concluído o Telelacri não se restringe apenas à obtenção de conhecimentos teóricos (…), mas abrange, também, questões que nos sensibilizam e nos mobilizam para ações concretas, eficazes e comprometidas” (Vera Lúcia Kelemen Camargo, do Estado de São Paulo, 1999). “… me proporcionou uma visão geral, profunda e objetiva sobre a violência doméstica contra crianças e adolestecentes e, ao mesmo tempo, sensibilizou-me para ser um incondicional defensor dos direitos fundamentais da criança e do adolescente” (Ruy Conceição Santos, Rio de Janeiro, 2000). “… ampliou os horizontes, (permitindo-nos) descobrir nossas potencialidades. Com o instrumental aprendido no curso e sempre nos atualizando, (podemos) executar no âmbito judicial e extrajudicial mecanismos de proteção em parceria com as pastorais, conselhos municipais, professores, ampliando a conscientização e o engajamento comprometido com outros profissionais” (Rosemary Souto Maior de Almeida, Pernambuco, 2000). “A verdadeira importância para mim foi descobrir que, com a indiferença, nos ‘acomodamos’ junto com o agressor, somos agressores passivos” (Martha Gloria Cárdenas Yucra, Peru, 2001).
Além de atuarem em escolas, universidades e órgãos públicos federais, estaduais e municipais que desenvolvem atividades voltadas ao atendimento de crianças e adolescentes, muitos dos participantes trabalham, ou são voluntários, em fundações, associações, ONGs e entidades filantrópicas.
Nos depoimentos, eles destacam também quatro níveis de importância: profissional (que gera maior segurança, sobretudo graças aos conhecimentos e técnicas adquiridos para lidar com o problema em nível preventivo e de cura); pessoal (não só para participantes que foram vítimas de violência, como também em termos de educação familiar e criação de filhos); científica e acadêmica (especialmente para os que prosseguem estudos fazendo pós-graduação stricto sensu); e social e política (em termos de alavancar a luta contra a violência dos que atuam como membros dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, ou mesmo em movimentos da sociedade civil).
Criado em 1994, o Telelacri, telecurso na área da violência doméstica contra crianças e adolescentes, é um curso de especialização oferecido pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. O curso, que forma profissionais de todo o País para enfrentar esse tipo de violência doméstica, dura dez meses, com um total de 360 horas, e se divide em duas partes: uma realizada à distância, de 320 horas, e uma presencial (obrigatória), de 40 horas.
Coordenado por Maria Amélia Azevedo, professora titular do Instituto de Psicologia da USP, o Telelacri foi planejado “para deixar trilhas em cada comunidade ou região”. O curso já formou até hoje mais de cinco mil profissionais, inclusive de outros países, como a Argentina e o Peru.
Ao longo do curso, os alunos têm de fazer uma série de tarefas na comunidade deles e são preparados para trabalhar em rede. Para participar da seleção, os candidatos precisam ter curso superior reconhecido pelo MEC e, entre outras coisas, organizar-se em equipes multiprofissionais que envolvam de duas a dez pessoas do próprio município, podendo ou não pertencer ao mesmo local de trabalho, ou de municípios vizinhos, e escolher um dos profissionais para ser o coordenador da equipe.
Para mais informações, basta consultar o site http://www.usp.br/ip/laboratorios/lacri/edital03.htm, ligar para (11) 3091-4383, de segunda a sexta-feira. das 8 às 12h, ou escrever para o e-mail lacri@sti.com.br.
O Lacri desenvolve estudos e pesquisas a respeito da infância de modo geral e, em especial, sobre a infância em dificuldade no contexto da sociedade brasileira. “O maior esforço investigativo do Lacri atualmente é construir as bases de uma teoria histórico-crítica da violência doméstica contra a criança e o adolescente capaz de subsidiar programas mais eficazes de prevenção do problema”, diz Viviane Guerra, responsável pela instituição, junto com Maria Amélia Azevedo.
Vários participantes deram depoimentos a respeito do Telelacri. “… a importância de haver concluído o Telelacri não se restringe apenas à obtenção de conhecimentos teóricos (…), mas abrange, também, questões que nos sensibilizam e nos mobilizam para ações concretas, eficazes e comprometidas” (Vera Lúcia Kelemen Camargo, do Estado de São Paulo, 1999). “… me proporcionou uma visão geral, profunda e objetiva sobre a violência doméstica contra crianças e adolestecentes e, ao mesmo tempo, sensibilizou-me para ser um incondicional defensor dos direitos fundamentais da criança e do adolescente” (Ruy Conceição Santos, Rio de Janeiro, 2000). “… ampliou os horizontes, (permitindo-nos) descobrir nossas potencialidades. Com o instrumental aprendido no curso e sempre nos atualizando, (podemos) executar no âmbito judicial e extrajudicial mecanismos de proteção em parceria com as pastorais, conselhos municipais, professores, ampliando a conscientização e o engajamento comprometido com outros profissionais” (Rosemary Souto Maior de Almeida, Pernambuco, 2000). “A verdadeira importância para mim foi descobrir que, com a indiferença, nos ‘acomodamos’ junto com o agressor, somos agressores passivos” (Martha Gloria Cárdenas Yucra, Peru, 2001).
Além de atuarem em escolas, universidades e órgãos públicos federais, estaduais e municipais que desenvolvem atividades voltadas ao atendimento de crianças e adolescentes, muitos dos participantes trabalham, ou são voluntários, em fundações, associações, ONGs e entidades filantrópicas.
Nos depoimentos, eles destacam também quatro níveis de importância: profissional (que gera maior segurança, sobretudo graças aos conhecimentos e técnicas adquiridos para lidar com o problema em nível preventivo e de cura); pessoal (não só para participantes que foram vítimas de violência, como também em termos de educação familiar e criação de filhos); científica e acadêmica (especialmente para os que prosseguem estudos fazendo pós-graduação stricto sensu); e social e política (em termos de alavancar a luta contra a violência dos que atuam como membros dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, ou mesmo em movimentos da sociedade civil).
Nenhum comentário:
Postar um comentário