Postado por: Eliane - CDI-PR
Fonte: CECOVI
DADOS ESTATÍSTICOS X PONTA DO ICEBERG- De hora em hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais. Fonte: Unicef- 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são vítimas anualmente de alguma forma de violência doméstica. Ou seja, por ano são 6,6 milhões de crianças agredidas, dando uma média:a)18 mil crianças vitimizadas por dia, b)750 crianças vitimizadas por hora c)12 crianças agredidas por minuto. Fonte: Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
1. AGRESSORES MAIS COMUNS
Os agressores mais comuns são os pais biológicos, adotivos e madrasta/padrasto. Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000), as estatísticas internacionais apontam que 70% das agressões são provenientes dos pais biológicos. O cônjuge que agride mais os filhos é a mãe. Já o pai, por conta de ter maior força física, é o que causa lesões mais graves nos filhos quando os pune corporalmente.
2. NATUREZA REPETITIVA DO FENÔMENO
Segundo KEMPE e HELFER (1977) esse fenômeno tem natureza repetitiva e sem uma intervenção que trate o agressor, a possibilidade de continuidade de maus-tratos e até de morte da vítima é de 25 a 50%. AZEVEDO e GUERRA (2000) falam que autores, em trabalhos mais recentes, estimam a reincidência desses casos em 50 a 60% quando não são instauradas as medidas de proteção necessárias.
3. SÍNDROME DO BODE EXPIATÓRIO
Chamamos de síndrome do bode expiatório o fato da maioria dos agressores de violência física elegerem um determinado filho como alvo principal para receberem seus maus-tratos, que geralmente é o primogênito.
4. EVOLUÇÃO GRADUAL DA VIOLÊNCIA
A criança que chega a óbito ou é vítima de uma lesão muito grave decorrente de práticas de maus-tratos dentro do ambiente doméstico, quase sem exceção, já vinha sofrendo agressões anteriores de porte mais leve, que, entretanto, foram evoluindo para uma intensidade mais severa.
5. OS AGRESSORES DE VIOLÊNCIA FÍSICA GERALMENTE SÃO PESSOAS “NORMAIS”
Segundo GELES, 1973 e KEMPE,1975, apenas 10% dos agressores físicos manifestam quadros psiquiátricos graves. Ou seja, 90% dos vitimizadores praticam violência física acreditando estarem agindo corretamente.
6. IDADE DAS VÍTIMAS
Vítimas de abuso sexual = predominância sexo feminino.Vítimas de violência física = vítimas ambos os sexos. Segundo AZEVEDO e GUERRA, 1981, a faixa etária dos 07 aos 13 anos é a mais atingida pela violência física, sendo que a idade média para vítimas do sexo feminino é de 10 anos e do sexo masculino 8 anos.
PRINCIPAIS CAUSAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
Fatos geradores de violência física doméstica
a) A crença dos pais de que a punição corporal dos filhos é um método educativo e uma forma de demonstrar amor, selo e cuidado.
b)Ver a criança e o adolescente como um objeto de sua propriedade e não como um sujeito de direitos.
c)A baixa resistência ao stress do agressor que projeta seu cansaço e problemas pessoais nos filhos e demais dependentes. Exemplos de problemas pessoais: desemprego, dívidas, desentendimento conjugal, etc.
d)O uso indevido de drogas e o abuso de álcool.
e) Pais que quando crianças foram vítimas de violência doméstica e que reproduzem nos filhos o mesmo quadro vitimizador.
f) Fanatismo religioso
g) Problemas psicológicos e psiquiátricos.
CRIANÇAS PROPENSAS A SOFREREM MAUS-TRATOS
a) Crianças provenientes de gravidez não desejada.
b) Crianças que requerem atenção e cuidado especial, como por exemplo: recém nascidas, lactantes, portadoras de doenças crônicas ou deficientes físicas.
c) Crianças pertencentes a famílias desajustadas.
d) Crianças criadas em ambientes extremamente miseráveis.
e) Crianças que não correspondem às expectativas dos pais: as expectativas geralmente se concentram nas áreas da beleza física (feio, bonito, gordo, magro), do temperamento (tímido, desinibido, calmo, hiperativo) e do sexo (masculino e feminino).
f) Crianças cujo vínculo com os pais foi interrompido, devido a parto prematuro ou hospitalizações prolongadas.
g) Crianças provenientes de casamentos anteriores.
h) Crianças hiperativas.
i) Crianças adotadas para preencher as necessidades e carências egoístas dos pais.
GUIA PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS
1º passo: Observação do Comportamento da Criança
@ Teme exageradamente os pais.
@ Alimenta a seu próprio respeito baixa auto-estima.
@ Falta constantemente à escola, devido ao período de convalescença e processo de cicatrização dos maus-tratos sofridos.
@ Geralmente é uma criança nervosa e em constante estado de alerta.
@ Possui baixo aproveitamento escolar.
@ Busca ocultar as lesões sofridas por temer represálias por parte do agressor.
@ Pode desenvolver comportamento extremamente agressivo com outras crianças reproduzindo a violência experimentada dentro do ambiente doméstico.
@ Pode tornar-se extremamente tímida e desconfiada com relação a todos que a cercam.
@ Pode vir a tornar-se depressiva, isolada e muito triste.
@ Foge constantemente ou busca ficar o maior tempo possível longe de casa. Quase sem exceção, as crianças e adolescentes em situação de rua possuem histórico de violência doméstica.
@ Quando submetida a exame médico, manifesta indiferença, apatia ou tristeza.
@ Choro insistente e sem explicação de crianças de tenra idade à aproximação do pai, mãe, babá, ou outro cuidador.2º passo: Observação do Comportamento do Agressor
@ Não vê a criança como um sujeito de direitos, mas sim como um objeto de sua propriedade.
@ Demonstra desinteresse pelo bem estar da criança, sendo raro o comparecimento a reuniões escolares, acompanhamento de vacinas, etc.
@ Descreve a criança como preguiçosa, de má índole e causadora de problemas.
@ Defende a aplicação de disciplina severa.
@ Demonstra irritação e pouca paciência com o comportamento próprio das crianças. (Ex: Correr, falar alto, sujar a roupa, etc).
@ Possui geralmente um histórico de violência doméstica em sua própria infância.
@ Faz uso indevido de drogas e/ou abusa de álcool.
@ Mente quando indagado sobre a causa das lesões da criança, dificilmente reconhecendo sua culpa.
@ Cobra da criança desempenho físico e/ou intelectual acima de sua capacidade.
@ Atribui à criança a causa de problemas existentes no lar.
@ Pode apresentar traços de imaturidade e instabilidade emocional decorrentes da pouca idade ou por ser originário de família disfuncional.
@ Temperamento autoritário e controlador.
@ Pode apresentar distúrbios psicológicos ou psiquiátricos.3º passo: Observação do Comportamento da Família
@ Geralmente ocorre a cumplicidade silenciosa entre os cônjuges.
@ Pouca cooperação, inclusive chegando a manifestar hostilidade a abordagem de profissionais.
@ Rigidez exacerbada no que diz respeito aos valores religiosos, morais e educacionais.
@ Registro de violência doméstica contra a mulher.
IMPORTANTE: devemos basear um diagnóstico de maus-tratos levando em consideração um conjunto de características e não apenas fatos isolados.
DESMISTIFICANDO A CULTURA DO BATER COMO MÉTODO PEDAGÓGICO
a) Bater em crianças e adolescentes é uma prática cultural
b) Bater em crianças e adolescentes é um ato de violência: relação desigual de poder que se estabelece entre agressor e vítima.
c) Bater em crianças e adolescentes não os preparam para enfrentar a vida:Segundo estudos realizados por RALPH WELSH, 1988, Georgia, existe um elo entre condutas delinqüentes e punições físicas. As punições são mais decisivas em termos de condutas delinqüentes do que a situação econômica do criminoso.
d) Bater em crianças e adolescentes pode tornar-se um ato progressivo e perigoso.
POSTURAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS PELOS PAIS, A FIM DE SEREM BEM SUCEDIDOS NA APLICAÇÃO DE UMA PEDAGOGIA NÃO VIOLENTA
a) Adquirir o máximo de conhecimento sobre o desenvolvimento físico, psicológico e social de suas crianças e adolescentes.
b) Manter uma comunicação aberta e sincera com os filhos:
Posturas equivocada dos pais:
- Preferem simplesmente ordenar o que tem que ser feito e bloquear as linhas do diálogo.
- Preferem adotar a postura do pode tudo, do liberou geral.
Postura correta dos pais:
- Param e gastam tempo para escutar o que os filhos têm a dizer, levando em conta sinceramente suas opiniões e idéias.
c) Ser exemplo
d) Instituir regras bem definidas e justas
e) Coerência na administração da disciplina
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
1. AGRESSORES MAIS COMUNS
Os agressores mais comuns são os pais biológicos, adotivos e madrasta/padrasto. Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000), as estatísticas internacionais apontam que 70% das agressões são provenientes dos pais biológicos. O cônjuge que agride mais os filhos é a mãe. Já o pai, por conta de ter maior força física, é o que causa lesões mais graves nos filhos quando os pune corporalmente.
2. NATUREZA REPETITIVA DO FENÔMENO
Segundo KEMPE e HELFER (1977) esse fenômeno tem natureza repetitiva e sem uma intervenção que trate o agressor, a possibilidade de continuidade de maus-tratos e até de morte da vítima é de 25 a 50%. AZEVEDO e GUERRA (2000) falam que autores, em trabalhos mais recentes, estimam a reincidência desses casos em 50 a 60% quando não são instauradas as medidas de proteção necessárias.
3. SÍNDROME DO BODE EXPIATÓRIO
Chamamos de síndrome do bode expiatório o fato da maioria dos agressores de violência física elegerem um determinado filho como alvo principal para receberem seus maus-tratos, que geralmente é o primogênito.
4. EVOLUÇÃO GRADUAL DA VIOLÊNCIA
A criança que chega a óbito ou é vítima de uma lesão muito grave decorrente de práticas de maus-tratos dentro do ambiente doméstico, quase sem exceção, já vinha sofrendo agressões anteriores de porte mais leve, que, entretanto, foram evoluindo para uma intensidade mais severa.
5. OS AGRESSORES DE VIOLÊNCIA FÍSICA GERALMENTE SÃO PESSOAS “NORMAIS”
Segundo GELES, 1973 e KEMPE,1975, apenas 10% dos agressores físicos manifestam quadros psiquiátricos graves. Ou seja, 90% dos vitimizadores praticam violência física acreditando estarem agindo corretamente.
6. IDADE DAS VÍTIMAS
Vítimas de abuso sexual = predominância sexo feminino.Vítimas de violência física = vítimas ambos os sexos. Segundo AZEVEDO e GUERRA, 1981, a faixa etária dos 07 aos 13 anos é a mais atingida pela violência física, sendo que a idade média para vítimas do sexo feminino é de 10 anos e do sexo masculino 8 anos.
PRINCIPAIS CAUSAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
Fatos geradores de violência física doméstica
a) A crença dos pais de que a punição corporal dos filhos é um método educativo e uma forma de demonstrar amor, selo e cuidado.
b)Ver a criança e o adolescente como um objeto de sua propriedade e não como um sujeito de direitos.
c)A baixa resistência ao stress do agressor que projeta seu cansaço e problemas pessoais nos filhos e demais dependentes. Exemplos de problemas pessoais: desemprego, dívidas, desentendimento conjugal, etc.
d)O uso indevido de drogas e o abuso de álcool.
e) Pais que quando crianças foram vítimas de violência doméstica e que reproduzem nos filhos o mesmo quadro vitimizador.
f) Fanatismo religioso
g) Problemas psicológicos e psiquiátricos.
CRIANÇAS PROPENSAS A SOFREREM MAUS-TRATOS
a) Crianças provenientes de gravidez não desejada.
b) Crianças que requerem atenção e cuidado especial, como por exemplo: recém nascidas, lactantes, portadoras de doenças crônicas ou deficientes físicas.
c) Crianças pertencentes a famílias desajustadas.
d) Crianças criadas em ambientes extremamente miseráveis.
e) Crianças que não correspondem às expectativas dos pais: as expectativas geralmente se concentram nas áreas da beleza física (feio, bonito, gordo, magro), do temperamento (tímido, desinibido, calmo, hiperativo) e do sexo (masculino e feminino).
f) Crianças cujo vínculo com os pais foi interrompido, devido a parto prematuro ou hospitalizações prolongadas.
g) Crianças provenientes de casamentos anteriores.
h) Crianças hiperativas.
i) Crianças adotadas para preencher as necessidades e carências egoístas dos pais.
GUIA PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS
1º passo: Observação do Comportamento da Criança
@ Teme exageradamente os pais.
@ Alimenta a seu próprio respeito baixa auto-estima.
@ Falta constantemente à escola, devido ao período de convalescença e processo de cicatrização dos maus-tratos sofridos.
@ Geralmente é uma criança nervosa e em constante estado de alerta.
@ Possui baixo aproveitamento escolar.
@ Busca ocultar as lesões sofridas por temer represálias por parte do agressor.
@ Pode desenvolver comportamento extremamente agressivo com outras crianças reproduzindo a violência experimentada dentro do ambiente doméstico.
@ Pode tornar-se extremamente tímida e desconfiada com relação a todos que a cercam.
@ Pode vir a tornar-se depressiva, isolada e muito triste.
@ Foge constantemente ou busca ficar o maior tempo possível longe de casa. Quase sem exceção, as crianças e adolescentes em situação de rua possuem histórico de violência doméstica.
@ Quando submetida a exame médico, manifesta indiferença, apatia ou tristeza.
@ Choro insistente e sem explicação de crianças de tenra idade à aproximação do pai, mãe, babá, ou outro cuidador.2º passo: Observação do Comportamento do Agressor
@ Não vê a criança como um sujeito de direitos, mas sim como um objeto de sua propriedade.
@ Demonstra desinteresse pelo bem estar da criança, sendo raro o comparecimento a reuniões escolares, acompanhamento de vacinas, etc.
@ Descreve a criança como preguiçosa, de má índole e causadora de problemas.
@ Defende a aplicação de disciplina severa.
@ Demonstra irritação e pouca paciência com o comportamento próprio das crianças. (Ex: Correr, falar alto, sujar a roupa, etc).
@ Possui geralmente um histórico de violência doméstica em sua própria infância.
@ Faz uso indevido de drogas e/ou abusa de álcool.
@ Mente quando indagado sobre a causa das lesões da criança, dificilmente reconhecendo sua culpa.
@ Cobra da criança desempenho físico e/ou intelectual acima de sua capacidade.
@ Atribui à criança a causa de problemas existentes no lar.
@ Pode apresentar traços de imaturidade e instabilidade emocional decorrentes da pouca idade ou por ser originário de família disfuncional.
@ Temperamento autoritário e controlador.
@ Pode apresentar distúrbios psicológicos ou psiquiátricos.3º passo: Observação do Comportamento da Família
@ Geralmente ocorre a cumplicidade silenciosa entre os cônjuges.
@ Pouca cooperação, inclusive chegando a manifestar hostilidade a abordagem de profissionais.
@ Rigidez exacerbada no que diz respeito aos valores religiosos, morais e educacionais.
@ Registro de violência doméstica contra a mulher.
IMPORTANTE: devemos basear um diagnóstico de maus-tratos levando em consideração um conjunto de características e não apenas fatos isolados.
DESMISTIFICANDO A CULTURA DO BATER COMO MÉTODO PEDAGÓGICO
a) Bater em crianças e adolescentes é uma prática cultural
b) Bater em crianças e adolescentes é um ato de violência: relação desigual de poder que se estabelece entre agressor e vítima.
c) Bater em crianças e adolescentes não os preparam para enfrentar a vida:Segundo estudos realizados por RALPH WELSH, 1988, Georgia, existe um elo entre condutas delinqüentes e punições físicas. As punições são mais decisivas em termos de condutas delinqüentes do que a situação econômica do criminoso.
d) Bater em crianças e adolescentes pode tornar-se um ato progressivo e perigoso.
POSTURAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS PELOS PAIS, A FIM DE SEREM BEM SUCEDIDOS NA APLICAÇÃO DE UMA PEDAGOGIA NÃO VIOLENTA
a) Adquirir o máximo de conhecimento sobre o desenvolvimento físico, psicológico e social de suas crianças e adolescentes.
b) Manter uma comunicação aberta e sincera com os filhos:
Posturas equivocada dos pais:
- Preferem simplesmente ordenar o que tem que ser feito e bloquear as linhas do diálogo.
- Preferem adotar a postura do pode tudo, do liberou geral.
Postura correta dos pais:
- Param e gastam tempo para escutar o que os filhos têm a dizer, levando em conta sinceramente suas opiniões e idéias.
c) Ser exemplo
d) Instituir regras bem definidas e justas
e) Coerência na administração da disciplina
Um comentário:
Vi algumas estatisticas mas, sao incompletas, e podem ser tendenciosas.
Por exemplo, a estatistica de que por hora, 1 crianca morre vitima de agreção, é internacional, portanto, em 7 bilhoes de pessoas.
A informação, nao diz onde ocorre, nem trata de motivações. Nao fala em que classes sociais, e nem trata dos motivos das agreção.
Seria interessante saber porque existem as agreções, daí, trabalhar no foco desse incendio. Ficar divulgando estatisticas incompletas nao resolve. Criar leis com base nessas informaçoes, nao resolve, pq nao se trata o foco do problema. Sao curativos, anestesias que nao curam a doenca.
Querem apagar um incendio pelas chamas. Retirem primeiro o combustivel.
Proibir nao resolve, é preciso educar.
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